Todo o ano os alunos do EJA da Escola Estadual Presidente Bernardes, em Pouso Alegre-MG, desenvolvem estudos complementares, com o objetivo de cumprir a carga horária, que não deve se restringir ao período de sala de aula, bem como inserir o aluno em outros temas menos acadêmicos. A proposta é permitir com que os estudantes tenham acesso à outros conhecimentos que não são contemplados em classe ou que não constam na grade curricular da escola, mas que os interessam diretamente por estarem presentes em suas vidas. Após as pesquisas serem realizadas, ocorre a Semana Cultural em que os grupos apresentam seus trabalhos.
Neste ano, o tema escolhido foi “Tribos Urbanas” e, como não podia deixar de ser, sobretudo na nossa cidade, o Hip Hop entrou no debate e ganhou espaço para ser discutido e explorado. É aí que a ASHPA entra! Fomos, então, convidados a nos apresentar no dia 21/11, para todos os presentes, a respeito do que é o Hip Hop: sua origem, símbolos, significados, elementos componentes, função da associação etc.
Inicialmente, pensamos que fosse uma emboscada, pois havia cerca de 30 PM's no local. Mas era a banda boa da polícia, com uma orquestra recheada de metais, tocando hits nacionais da Bossa Nova e Pagode. Sumemo! Pagode também! Passado o susto e tendo os senhores se retirado do recinto, Paulista fez uma breve apresentação sobre o movimento Hip Hop. Na sequência, Wesley apresentou a ASHPA, discursou sobre a origem da associação e da motivação de nossos trabalhos. Ao fundo, Rob, do Elemento X Crew, grafitava uma madeirite com os dizeres Bernardão em WildStyle. Ao lado, membros da ASHPA formavam a família, como em todo evento de Hip Hop; quem não canta, balança a toalha. O importante é o palco cheio. Se bem que, um ou outro, estava mais olhando para certas mocinhas dos cabelos coloridos do que ouvindo os discursos.
Após discursos, pagode e olhares para as moças, o Latropa (Paulista, caso ele já tenha decidido se o nome artístico é este, Crespo, Paulinho e DJ Akilo) se apresentou, cantando 3 músicas de seu repertório. Equalização e disposição das caixas a parte, os moleques representaram e conseguiram a simpatia do público. Para encerrar, Paulista fez um freestyle acompanhado dos scratches de DJ Akilo.
Belo fim de tarde para uma segunda-feira. E como bem disse o Pão, a data foi para nós muito importante, pois foi a primeira vez em que a ASHPA se apresentou, oficialmente, em uma escola, diretamente para os alunos em um horário regular.
Gostaríamos de agradecer a oportunidade e ao convite feito pela Carla para que fossemos à escola. Essa difusão de nosso trabalho e a conquista de novos possíveis membros que colaborem com sua riqueza cultural é fundamental.
Um salve ao Bernardão! Vida longa a ASHPA!
(Agradecemos, também, ao Leandro, Tatu, Carlinhos, Gumito e Purê, que somaram com a gente. Nóis!)
(Público presente na apresentação da ASHPA)
(Rob explica a técnica do graffiti)
(Latropa se apresentando)
